Wednesday, January 30, 2008

Forma.

Se a forma e o esquema
são a luz de um poema
isso, por norma,
não se traduz.

Já o sentido,
por funda sonora verdade,
é sempre bonito, na real não importa
se na minha língua
ou na tua.

Como o gosto do beijo que é bom
na minha boca ou nas duas.

E Tem Mais...!

O desenvolvimento tecnológico do qual hoje usufruímos e que resume a totalidade real de nosso progresso como espécie, resultou do abandono gradual da religião como monitora de nossa filosofia, arte e ciência.

Quando nos referimos ao fato de que progredimos mais técnica e industrialmente do que espiritual e socialmente, evitamos tocar no óbvio. Não avançamos no terreno social e espiritual, naquilo que isso tem de convivência harmônica de grandes grupos humanos ou de simples relacionamentos individuais, simplesmente porque nestes assuntos ainda não abandonamos as religiões.

Nosso progresso moral, social e individual, ainda é cerceado pela crença tola e estúpida de que existem rituais a cumprir para merecermos uma vida além da morte. Vida essa que não se comprova, mas que absurda e religiosamente é propagada de pais para filhos, como se não tivéssemos vindo para viver, mas simplesmente morrer.

A educação da maioria dos seres humanos ditos civilizados começa pela instilação covarde de uma mentira, que se algum dia teve lugar no desenvolvimento da espécie, já não tem mais. É só estorvo. Como o foi para as ciências exatas.

Chamo a atenção, quando se diz acertada e cinicamente que o homem é um animal inviável, deve-se também levar em conta que tudo o que temos para observar é uma manada que já na infância foi mutilada espiritualmente.

É isso. Só precisamos mudar as bases de nossa civilização, e de qualquer das atuais, e tudo melhora.