Monday, March 08, 2010

Chaplin.

Totalmente inverossímil, pelo menos tanto quanto o Cebolinha ou Capitão Marvel, o terno vagabundo que nunca conseguiu me extrair nenhuma risada, mas ternura sim e muita, foi a única criação do Chaplin.

O personagem é muito maior que o enredo, as histórias são tão bobas que deveriam enfurecer a crítica, mas como nas óperas (onde o que conta é a música, não trama ou texto) isso não acontece, tal a densidade do personagem. Podemos ser monstros desumanos, cretinos, desalmados, querendo a morte de alguém por uma herança, mas o carinha da bengala não é e somos todos um pouco como ele.

Ou, pelo menos, como gostaríamos que todos os outros fossem. Tão tolos. Como, do ponto de vista do Chaplin, fomos todos.

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