Tuesday, March 16, 2010

Vídeo-clipes.

Por força de interesse no assunto música popular tenho assistido aos canais de música. Melhor diria de clipes musicais. A mesmice é uma regra, mas, suspeito, o público não nota porque a produção é de uma perfeição notável. O jeito americano de fazer: se é show, então show. Todo mundo bonito, dançando como se pássaros rítmicos e sacudidos fossem. Mas é só. E suficiente. E se é “suficiente” é isso que a indústria do show vai atrás, produz e oferece. É mais comum, não precisa garimpar.

Mais ou menos como o cachorro-quente da esquina. O ponto é bom, o pessoal vem comer, então logo serão dois três e repartindo o mesmo publico. O cara da primeira carrocinha criou o ponto, a indústria comprou todos os outros por perto e botou os empregados dela a fazer cachorro-quente. Tem até mais glamour, mais show e são muito mais baratos, são quase de graça.

Mas tem também o absolutamente escroto, o muito ruim, o que todos podem fazer e que se torna sucesso exatamente porque é tão desgraçado que justifica qualquer um se sentir artista. Muitos gostam de se sentir possíveis artistas, ainda que tão ruins ou piores do que aqueles que ouvem. E estes a indústria também multiplica. Mais barato ainda.

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